Acre integra projeto para controle da lagarta Helicoverpa armigera

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Publish time: 1st April, 2015      Source: Brazil
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Acre integra projeto para controle da lagarta Helicoverpa armigeraAcre integra projeto para controle da lagarta Helicoverpa armigera" title="Share this link on Facebook">BrazilApril 1, 2015Heloicoverpa armigera -Foto: Sebastião José de AraújoDiversas Unidades da Embrapa trabalham no acompanhamento de ocorrências da Helicoverpa armigera e no desenvolvimento de ações para o manejo integrado da lagarta que ataca plantações de soja, algodão e milho, além de outras culturas, causando danos à agricultura e prejuízos para os produtores. Descoberta há três anos no Brasil, a praga se disseminou por boa parte do território nacional.As ações, realizadas em articulação com o Plano Nacional de Combate do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), envolvem uma gama de projetos executados no âmbito de um arranjo aprovado pela Embrapa, com o objetivo de apoiar o desenvolvimento de atividades de pesquisa, transferência de tecnologia e comunicação no enfrentamento à Helicoverpa armigera. Um destes projetos, intitulado "Helicoverpa armigera: subsídios para o manejo integrado e da resistência à inseticidas e tecnologia de planta Bt, com ênfase em paisagens agrícolas do Cerrado", coordenado pela Embrapa Cerrados (Planaltina/DF), visa a acompanhar e avaliar a presença da praga em regiões produtoras de diferentes estados brasileiros para conhecer os locais de ocorrência do inseto e definir estratégias de controle de baixo impacto.No Acre, as atividades de monitoramento da praga, coordenadas pelo pesquisador Murilo Fazolin, serão realizadas na Fazenda Mariana, localizada no quilômetro 18 da BR-364 (Sentido Rio Branco/Porto Velho) e em uma área de floresta, na Embrapa Acre. Nos dias 26 e 27 de março, o pesquisador da Embrapa Cerrados, Alexandre Specht, líder do projeto, esteve em Rio Branco para conhecer essas áreas e ajudar na definição de locais para instalação de armadilhas luminosas.O objetivo é investigar a presença da praga em plantios de milho, soja e feijão e também em áreas não agrícolas para definição de métodos de controle integrado. Embora no estado a produção de soja ainda seja incipiente, há grandes áreas de cultivo de milho e feijão. "A escolha da fazenda Mariana deu-se em função da existência de uma produção agrícola extensiva, com uso de plantios sucessivos", esclarece Fazolin.De acordo com Specht, o monitoramento de pragas é essencial para a definição de ações específicas de controle, entretanto, a semelhança da Helicoverpa armigera com outras pragas comuns da agricultura brasileira, como a Helicoverpa zea (lagarta-da-espiga do milho) e Heliothis virescens (lagarta-da-maça do algodoeiro) dificulta o seu reconhecimento. "Em muitos casos, a identificação somente é possível por meio de uma análise minuciosa do aparelho reprodutor da mariposa", destaca.Fazolin explica que as armadilhas luminosas atraem uma gama de espécies, entre elas a Helicoverpa armigera, e o material coletado no Acre será enviado à Embrapa Cerrados, para análise. Com base nesse monitoramento, será possível avaliar a real necessidade de pulverização. "Verificar a ocorrência e o estágio de desenvolvimento da praga, além de saber reconhecer as espécies, ajuda a evitar o uso inadequado de produtos químicos, contribuindo para a sobrevivência dos inimigos naturais, importantes no controle biológico da praga, além de reduzir custos e os riscos ao meio ambiente e à saúde humana", afirma o pesquisador.Característica da pragaPor seu elevado poder de destruição, a Helicoverpa armigera foi regulamentada como quarentenária A1, ou seja, considerada de alto risco e como potencial causadora de significativos prejuízos econômicos. Na fase de lagarta, ela ataca preferencialmente os frutos, mas também se alimenta de folhas e hastes.Outra característica é a alta capacidade de dispersão da praga, uma vez que as mariposas (fase adulta do inseto) percorrem distâncias de até mil quilômetros. O inseto também possui elevada capacidade de reprodução e sobrevivência, podendo desenvolver resistência a inseticidas e adaptação a diferentes ambientes, climas e sistemas de cultivo.Todas essas características e particularidades exigem medidas de controle, dentro do conceito de manejo integrado, que possibilitem coexistir com a praga de forma a mitigar os danos de ordem econômica, preservando o equilíbrio ambiental.More news from: EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária)Website: http://www.embrapa.brPublished: April 1, 2015The news item on this page is copyright by the organization where it originatedFair use notice